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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Dei um tempo

Um tempo
Passa: Rápido ou devagar?
Relativo ou incisivo?
Ta cansado, esgotado
Revigorado, novo na folha

Tô legal, já deu

Tá dando tempo
Avulso ou parcelado
Tem dado tempo
Pro tempo não perder seu tempo

E quanto tempo hein?
Dei um tempo...

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Só pra lembrar

O bárbaro, que é tido como, de certo modo,  primitivo da Europa
O índio, visto pelas embarcações, como primitivo da América
Da mãe África, surgiu o grande batuque do mundo
Ásia e Oceania estão muito distantes agora, mas não esquecidas

O bárbaro teve em seu limiar, sede por conquistas, por dominar e destruir
O índio teve em sua luz estar em paz com os seres fora da matéria
E mãe África, chora pelo seu desprazer de estar nesse mundo
Ásia e Oceania continuam, infelizmente muito distantes

O tempo se transformou, vide o relógio...

A Europa dorme em cima do sonho de conquistar e se impor no mundo
Fez até seu filho na América do Norte que também se enganou com o mesmo sonho
Da América, formou-se um espelho e paz virou coisa de cinema
A natureza não é mais fauna-flora e sim outdoors e propaganda
A mãe África, agoniza doente e esquecida pelos merecidos

O Oriente, visto daqui desse pedacinho de Ocidente...
Continua muito distante
Parecendo quase inexistente

terça-feira, 29 de abril de 2014

O banzo tocado pelo banjo na propaganda de um preconceito infinito


A palavra banzo, de origem africana, foi um comportamento psicológico que se inundava de melancolia no que tange aos negros escravizados no Brasil, oficialmente durante o período de 358 anos (1530 – 1888) historicamente marcada nas lápides do mundo. Pode-se dizer que o sentimento banzo, quer dizer uma espécie de melancolia em relação ao regime privativo de liberdade ao qual estavam expostos, lançados feitos anzóis cegos em um profundo mar de depressão e nostalgia. Esse sentimento que combinava além da melancolia, pura ira, fazia muitos negros cometerem suicídios, greves de fome, abortos e até mesmo infanticídios. O viés de resistência à opressão não fica de fora deste comportamento. E me parece que esse banzo ainda é uma melodia nas terras brasileiras, uma melodia pra lá de desafinada e tocada pelo agora incandescente banjo digital da vida capital. O banjo é um instrumento que também foi desenvolvido por escravos negros (dessa vez dos Estados Unidos) nos arredores do século 17 e depois sendo usado no século 19 por “vagabundos iluminados” (com o perdão do trocadilho). No Brasil, há relevantes aparições do instrumento em meados de 70, com Almir Guineto incorporando-o no samba. O século é 21, a idéia dada é de pós-modernidade e a dinâmica dos fenômenos desde os “iluminados” de outrora, aparentemente, é progredir sem cessar. Ouvi dizer outro dia que o futuro é tecnológico, rápido, preciso e compacto.
 
Neste fim de semana, Daniel Alves, conhecido jogador de futebol teve em seu bojo interior a fase de ira do banzo. Após um torcedor jogar uma banana em campo, Daniel apanhou a mesma e comeu em uma atitude de resposta inusitada e ‘nova’ para os padrões do racismo nos gramados europeus. Historicamente, as arenas dos gramados do velho continente continuam expurgando suas mentalidades colonizadoras e racistas com a desculpa das emoções do esporte mais contagiante do mundo. Espanha, Itália e Rússia são alguns exemplos dados. Pessoalmente esse tipo de ofensa é completamente imbecil, é um tipo de atitude que está longe de ser comparado com uma atitude selvagem. Jogar banana nesse contexto, além de desperdício de comida é falta de reflexibilidade, mas casos a parte não é o barato da discussão.

Não somos juízes do santo oficio para julgar o certo e o errado em cima de Daniel Alves que teve até seu mérito pela atitude, uma tentativa de enfrentamento rente ao preciosismo europeu, à sua maneira ele respondeu para uma cela cultural que vem nos atravessando há séculos: o racismo. TODOS sofreram ou sofrem com essa mazela da RAÇA HUMANA, unitária em sua biologia e multilateral em sua psicologia, na circunstância em destaque foi possível se dar o troco, revidar a ofensa que foi uma em outras milhões. Faço a pergunta: Quantas “bananas” são jogadas às vítimas de qualquer preconceito? Quantas dinamites psicológicas são arregaçadas dentro dos negros do Brasil? Pela mídia, pelas ruas, por escolas e pelas vielas imundas são diagnosticadas uma infinidade. Um legado histórico melancólico travestido de marketing e hipocrisia.


Rapidamente as redes sociais, aparentemente veículo-mor das infinitas informações, borbulharam, conjunto à continuidade de comportamentos racistas, como o caso do Tinga na Copa Libertadores e alguns outros aqui mesmo no Brasil. Parece que a atitude de Daniel refletiu um estopim de um descaso e rapidamente fotos foram multiplicadas nas redes sociais em apoio ao lateral-direito do Barcelona. Celebridades, iluminadas pelas razões dos holofotes, fizeram uma corrente de louvor com seus smartphones em ‘selfies’ destinadas ao apoio e ironizando o acontecimento. Todas as fotos publicadas em suas redes sociais para a “promoção” da causa contra o racismo, inchadas de hashtags como “somos todos macacos”.

 

Seguem alguns desses famosos:



 
Definitivamente, vivemos em uma Sociedade do Espetáculo. Antes de mais nada, encaminha-se um outro questionamento: Qual dessas celebridades de fato já sofreram o preconceito? Não a visão simplista dada por alardes midiáticos, telenovelas ou factóides bobalhões cuspindo realidade. Quantos negros estão engajados em bater uma foto de si com um uma cara de bunda e uma banana na mão? Quantas outras vítimas tomaram a causa dessa forma? Os muitos sujeitos lubridiados pelos holofotes se sentem no direito de reivindicar por sua persona, de padecer ao espelho de Narciso e ganhar mais curtidas, tweets, likes a merda que o seja.


Garanto que como negro, morador da Baixada Fluminense, eles jamais receberam o cacho de bananas psicologicamente forjado e atirado por essa mesma mediana classe que reflete com banana na mão. Essa espécie de pensamento vem daquele tipo de gente que quer reivindicar os direitos até dos quais não possuem direitos e se isentar de todos os deveres. É o nariz da ignorância respirando arrogância a torto e a direita. Não, eles não estão nas vielas do underground na espreita por um pão ou por um sonho, caminhando e sendo abarrotados em lotações. Promoção, liquidação, pechincha pessoal e intencional. A voz digital e a indústria cultural nos induz a pensar que aparecer por apenas reproduzir é importante, agrega o tal valor. Esse modo de pensar a vida vem sendo constituído em todas as camadas sociais: ações reproduzidas sem um pingo de reflexão. Como dito anteriormente, o futuro é tão compacto que basta você apertar um botão pra estar dentro do mundo. Eles podem ironizar isto porquê estão isentos do preconceito real, seus status, fama e credenciais lhe dão livre acesso para isso.

 
Diziam as vovós das ruas: “De boa intenção, o inferno está cheio”. É aonde entram os capetas marketeiros. Um dia após todo o descaso contínuo e quase infinito desse racismo, foi veiculado na internet que a campanha “somos todos macacos” aderida pelas celebridades tem envolvimento com agências de marketing e grifes de roupas, que rapidamente já lançaram moda em um ano de copa em território nacional. Inclusive encabeçadas pelos indivíduos que postaram fotos em redes sociais. Neymar e Luciano Huck pela “boa causa” capital já se lançaram ao mercado junto com a trupe sanguessuga da desgraça alheia. Esses dois links direcionam um pouco a leitura:
 

 

 

O argumento me parece, é a defesa da constituição da raça brasileira e o fim do racismo aparentemente só nos gramados. Não há nada de falho ou ignorante nisso, creio que é um processo meticulosamente construído, para remediar e distrair a massa, fazer das telas um espetáculo e diversão.  

Sorrir é bom, mas pensar te faz sorrir mais ainda. O marketing e a cultura capital rapidamente se engajam na bandeira da consciência humana, o brado retumbante da igualdade. Mas e o que dizer da banana jogada ao ator Vinícius? Acho que ta mais pra um abacaxi quente e que ninguém quer descascar. E o corpo de Cláudia arrastado em plena luz do dia na cidade? Merece uma campanha? E o Amarildo? Que tal fazermos camisas com os dizeres “Onde está o Amarildo?” A política ainda nem tirou da subjetividade essas campanhas, a sociedade esqueceu o sangue manchado e o marketing não vê demanda nesses casos. Esses são três personagens reais, que estão em nosso cotidiano e não na televisão. Para eles, não é bonito e interessante pensar nisso, não é engraçado e já ouvi dizer que não é “problema meu/seu/nosso”

 
Você vendo essa foto acredita na credibilidade desta campanha? Você se sente realmente um macaco vendo isso?
 
 

 

Não, eu não sou esse tipo de macaco. Posso talvez pela ciência atribuir que temos nossos ancestrais os macacos, mas num sentido de unidade humana. Se for pra ser macaco, prefiro me tornar um macaco espacial e cantar a canção “Monkey Gone to Heaven” da banda Pixies.

 

Na tradução: “Se o homem é 5
Então o diabo é 6
E se o diabo é 6
Então Deus é 7

Este macaco vai para o céu”

 

Essa criação de um pertencimento com o animal sempre foi vista como ofensa e agora do nada isso se torna orgulho? Conscientização e campanha contra o racismo? Há um pecado pelo excesso de carnavalização e moral de marketing, abstrair a ofensa é digno, é espirituoso demais para nós. Mas esquecer dos que sofrem com isso e fazer uma imensa propaganda contraditória é subestimar a inteligência de quem recebe bananas e digere o banzo todos os dias. Esse vídeo bobo achado no youtube é uma idéia superficial e avessa a esse marketing hipócrita e essa necessidade de aparecer e promover.

 

(Somos Todos Macacos)

 

Não somos todos macacos, somos SERES HUMANOS! Iguais em nascença e iguais a sete palmos de terra. É de extrema maldade essa campanha em tempos de espetáculo e promoção pessoal, é hipocrisia com os negros que ainda sofrem com o banzo contemporâneo, aqueles que estão sendo olhados de forma vertical pelos feitores digitais. O negro no Brasil, pela mesma transformação desse banzo, ainda não achou seu lugar como ser humano, ainda não foi oferecido o espaço que se deve pra todos, só foi vendido. O preconceito vem tomando formas dinâmicas e micro-sociais se alastrando infinitamente na raça humana, o banjo criado pelo negro e o banzo sentido pelo mesmo irmão vem se saturando numa panela de pressão refletida em outdoors, propagandas, redes sociais e consciências. A melancolia e depressão vêm sendo sentida por séculos. Por que fazer campanha com bananas nas mãos e esquecer-se de Martin Luther King, Zumbi, Mandela e outros panteras negras? Por que esse futuro tecnológico insiste em querer apagar a Filosofia e História?  Pra que se valer da desgraça pra promover? A luta parece estar longe de um fim nesse banzo moderno, mas apesar de tudo alegra-me fazer parte de um povo que não tem raças distintas. Por mais negro, branco ou indígena que você pense ser, você não é puro e ser raça pura não é orgulho. Somos a mistura de uma grande nação, uma vitamina carregada de bons frutos que só podem ser bebidos com muita reflexão e consciência. Que tal parar pra pensar que somos seres humanos e desconectar desse smartphone? Que tal esquecer que somos somente indivíduos por si? Uma ode à raça HUMANA. Chega de querer ser vitrine pra esse preciosismo europeu...
 

Sou amante da música e das artes e acho essas vias válidas pra destruir qualquer forma de tradicionalismo, conservadorismo e preconceito. Lembrando a idéia do banjo e do banzo me veio na cabeça esse outro pantera negra: Robert Johnson, pois em tempos de adoração ao Elvis e toda sua imagem, sem esse camarada nada seríamos. Ele que com seu “banjo” cantou pra fora os “banzos” vividos no Missispi. Sem ele grande parte da música não teria existido.
 
 
Esse texto é meramente um desabafo e não tem pretensão maior que essa, se afasta de qualquer investida teórica ou cadeia nas regras acadêmicas. Destina-se com carinho para aqueles que, assim como eu, recebem bananas todos os dias e não baixam a cabeça pra isso. Sobrevivem sobre essa irracionalidade da racionalidade. O tempo é de progresso, mas é carregado de angústia e incoerências. Não é interessante pra reflexão aceitar tudo o que a mídia nos oferece, por mais bonito que seja, existe muita má-fé nesses processos massivos. Só quem vive na rua sabe o que se sente, não é dentro de uma tela que eu vou me sentir humano, não é em rede social que nos igualamos.
 
Encerro com um trecho de mais uma canção do Dead Fish cujo título é Mulheres negras:
 
“E aí poderemos sorrir como mulheres negras, que apesar do sofrimento, se negam a chorar”
 
 
Jonathan Luiz


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Caminho para fora do visível

pirotecnia sólida, baseada no psicológico sintético.
Édipo, idílico, soturno envolvente. de saturno no pingente.
coliseu, panteão ou olimpo.
eles querem vivo, eles querem vivo.
pra poder julgar e mostrar de exemplo.
Exemplo prático de uma situação teórica.
se bem que a teoria não se aplica a pratica.
como se praticar uma teoria que relativiza sobre a realidade?
pratico insensivelmente o fora do visível
o que me planta no infinito
prefiro estar fora dessa finitude prolongada
que nem sequer deixa eu colocar meus pés no chão...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Contra x Cultura

A contracultura está se tornando consumo, como os juros do mundo
Perdida nas prateleiras da estética, confundida nos códigos de barra
Vítima convicta de um mero status
Padronizada em moldes de mercado
Bela e arrumada, sem explicação
Sua essência vem sendo arruinada, para novas tendências práticas
O virtual transa com o real para parir a insignificância do ser

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Domínio


Domínio

                Acordo e ligo MINHA televisão, assisto MEUS canais e saio da MINHA casa. Vou até MEU trabalho e depois sempre que posso encontro MEUS amigos para papear, divagar e outras coisas sobre MINHAS coisas e as coisas DELES. Reparo que por um instante, está tudo basicamente apossado e a caixa alta nesse “textículo” se faz ainda que necessária na demandas e ofertas da pós-modernidade: tudo e nada são meus, são nossos e são seus.  Amém né?      

                No que titulam de pré-história, do desenvolvimento científico do homem, a intenção do domínio pelo menos relatado pelos arquivos era fundamentada nas ações dos homens – primitivos em sua raiz. Homens que dominavam outros homens e legitimavam a posse de seu domínio a fim de acumular aquela posse e ditar as leis daquele momento. Séculos depois, a coisa parece se exatamente confirmada em moldes mais mirabolantes e até místicos. O tempo vai passar e o ocidente vai ser dominado pela filosofia, que vai ficar dominada pela heresia romana, que vai ser dominada pela barbárie germânica e que vai abarcar os sonhos da média idade dos confins do medievo. Os homens incansáveis no seu triz vão dominar e invocar o dogma feito um ritual tribal pra efetuar e equacionar seus domínios, onde até o sagrado e o intocável se torna um domínio. Recorto meus impulsos de pseudo-domínio da História e atento para um momento que vai rasgar todas as outras formas de dominação e propriedade e vai se arrastar feito uma dor crônica, só que medicada com muito analgésico, pela atemporalidade. A formação daquela classe burguesa e da dinâmica do capitalismo vai ser duradoura e eficaz quando se tratar de dominar, eficaz no sentido de que o tempo para esse sistema é muito que relativo, eles dominam e nós também. Essa questão é uma coisa muito antiga e até fito de sobrevivência principalmente na raça humana. É preciso conquistar, dominar, separar e amedrontar e assegurar os dominados. Vão além dos bancos de dados teóricos, políticos, práticos e psicológicos: no autodomínio de si mesmos iremos invadir territórios, separar os poderes, explorar e garantir posses, remediar através de muito cinismo e violência e criar um protocolo pra proceder todo esse jogo de ex-equilíbrio. Os resultados disso acho que boa parte das pessoas sabem: uns desconsideram e outros consideram suficientemente pra executar esse roteiro fielmente.

                Mas o que quero alertar é que parei pra pensar nisso, numa contemporânea esfera das coisas de que como essa sensação de dominar e ser dominado parece uma coisa enraizada no nosso cérebro e que como isso é inútil e doloroso pra nossas vidas. Não é um panfleto anarquista, por mais belo que seja ainda humildemente vejo sua impraticabilidade por culpa desse domínio metafísico inato nos seres humanos, é mais uma reflexão de como nós estamos reféns de uma consciência que automaticamente nos liberta e oprime, de que rastros do ultra-passado estão ainda neo-conservados. Nós temos uma ânsia e ganância por querer as coisas seja conhecimento ou material, passamos mais da metade da vida querendo dominar algo ou alguém, querendo ter posse e separando as coisas e cinicamente somos dominados por outros seres que já estão dominados em sua forma total. Os Estados são uma dominação, o próprio espaço sideral é um domínio e uma posse e olhem bem, nem um petulante ser humano conseguiu sequer descobrir o que é este espaço. Deus virou um domínio pra legitimar a moral e a ordem, médicos e psicanalistas te dominam dizendo que tomar, as empresas nos dominam determinando estatísticas de como agir e nos comportar, determinando e estipulando sinais totais de controle dos quais nossos anseios por domínio nos afastam dessa percepção, escolas e universidades dominando seus alunos conforme suas metodologias, nossos pais nos dominam dizendo o que fazer e o que vencer numa vida que é somente pra ser vivida. E aqueles que pensam abstrair todas essas expressivas mazelas da vida estão agindo conforme a dança da dominação crônica, por si só expressam uma saída alternativa daquilo que se utilizam para agirem como funcionários da verdade querendo dominar aqueles que não falam sua verdade. O homem moderno é intencionado a viver civilizadamente e socialmente conforme regras inseridas por uma anterior dominação e ainda assim dentro dele, por mais humano que seja ele quer dominar algo alheio e ter posse daquilo como uma estatueta interior ou exterior. Domínio, posse e controle são as raízes imperfeitas dos seres humanos.                              

                A dor maior desse fragmento é perceber e fazer parte dessa dinâmica, vendo que minhas armas para combater isso se esvaziam no caos da multidão multilateral, na rotina, no relógio e na folha de ponto que vai calhar o contracheque. Creio que o maior investimento daquele capital, foi dominar não os povos, a autenticidade, a cultura e a tecnologia. Foi dominar de modo imperial a ignorância alheia, a ignorância que alimenta e universaliza essa espécie sádica e segura de dominação. Eu tava parado no ponto de ônibus quando passa um carro com uma mera canção do funk carioca que repetia deliberadamente o seguinte refrão: “TÁ DOMINADO, TÁ TUDO DOMINADO”

Jonathan Luiz